quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O PINHEIRO MANSO

e-pólen-Cml
O Pinheiro-manso, com a designação científica de Pinus pinea, é a árvore mais abundante no Parque Florestal de Monsanto, ocupando um terço de toda a área do Parque, pode encontrar-se de Benfica até Algés.No nosso país esta espécie tem uma distribuição natural pelo litoral sul, desenvolvendo-se também para o interior em vales abrigados, com clima sem carácter vincadamente continental. Quanto aos solos tem uma apetência notória para os arenosos, soltos e siliciosos, tendo desenvolvido um sistema radicular dos mais fortes que se conhece, consegue resistir bem à secura (300-400 mm de precipitação), e aos ventos mesmo quando salgados, mas é sensível ao frio e à neve.Tratando-se de uma espécie pioneira é muito exigente em luz, e suporta altitudes até 1000 metros no Sul, mas não vai além dos 200 metros no Norte.No PFM esta árvore encontra-se em povoamentos florestais estremes, ou seja florestas em que é praticamente a única espécie arbórea, apesar de também ser plantado como árvore de alinhamento, ou como árvore ornamental, é actualmente considerado por muitos técnicos como a árvore ideal para o recreio sob coberto, quando pouco denso, sendo esse um dos motivos pelo qual é conveniente efectuar desbastes em Monsanto.É uma árvore alta que pode atingir os trinta metros, tem uma copa esférica quando jovem e toma uma forma de abóbada em adulto. Tem um elevado valor estético resultando em bonitas combinações paisagísticas, quando plantado em conjunto com árvores de copa cilíndrica ou cónica, bem patente nas paisagens da Toscânia na Itália em que contrasta com o Cipreste (Cupressus sempervirens).Esta árvore é explorada pelo seu valioso fruto, o tão conhecido pinhão, inicia-se a produção pelos 15 a 20 anos quando atinge a maturidade, e tem o seu pico produtivo pelos 40 a 50 anos, declinando a partir dos 100 anos de idade. Não é viável economicamente a partir dos 150 anos. Os pinhões encontram-se encerrados em cones ou pinhas, que têm uma forma arredondada e são inicialmente verdes tornando-se castanhas quando o fruto se encontra amadurecido, podendo levar mais de dois anos a amadurecer, estas pinhas soltam-se da árvore em períodos de maior calor, na sua maioria no Verão, facto que se pode observar nesta altura.A sua resina é muito valiosa com aplicações em perfumaria, mas a madeira fendilha muito e tem tendência a empenar.

Sem comentários: