quarta-feira, 24 de março de 2010

António Costa quer aumentar a biodiversidade em 20 por cento no prazo de uma década.

In Público (24/3/2010)
Por Inês Boaventura


«Em Novembro, a autarquia quer lançar um guia dos percursos de Monsanto e reabir a Estufa Fria

Sabia que em Lisboa existem mais de 140 espécies animais e 123 vegetais, grande parte das quais no Parque Florestal de Monsanto? O socialista António Costa admitiu ontem, no dia em que a autarquia lisboeta assumiu o compromisso de aumentar a biodiversidade do concelho em 20 por cento até 2020, que aqueles números constituíram "uma surpresa" para si.

Muita gente desconhece que em Lisboa existe esta quantidade de espécies", reconheceu também o vereador do Ambiente Urbano e Espaços Verdes. Segundo José Sá Fernandes, há no concelho 100 espécies de árvores, seis de peixes, quatro de anfíbios, 12 de répteis e 18 de mamíferos, além de várias espécies de artrópodes. Quanto à flora, são 123 as espécies de árvores, arbustos e herbáceas identificadas.

Ontem, a autarquia estabeleceu um protocolo com a agência municipal Lisboa E-Nova e com o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, com vista à elaboração até Outubro deste ano de uma matriz de indicadores de biodiversidade urbana, e subsequente mapeamento dessa realidade. O objectivo último é "aumentar o potencial de biodiversidade da cidade de Lisboa em 20 por cento até 2020".

"É um programa muito ambicioso mas acho que está completamente ao nosso alcance", disse o vereador Sá Fernandes, sublinhando que o cumprimento dessa meta se traduzirá numa maior qualidade de vida para os cidadãos. "É um passo corajoso e creio que é inédito", afirmou, por sua vez, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, que marcou presença na apresentação do programa Biodiversidade em Lisboa 2010, realizada ontem na Câmara de Lisboa.

O vereador do Ambiente Urbano e Espaços Verdes aproveitou a oportunidade para divulgar uma série de iniciativas que vão ter lugar nos próximos meses, por ocasião do Ano Internacional da Biodiversidade. Entre Julho e Agosto, com a conclusão das obras de requalificação de vários jardins e a abertura de esplanadas, será tempo de "fruir da biodiversidade".

Entre Novembro e Dezembro, a Câmara de Lisboa prepara-se para lançar um guia de Monsanto com cerca de 150 páginas, dando conta de todos os percursos possíveis no interior do parque florestal, seja a pé ou de bicicleta. Também nessa altura deverá reabrir a Estufa Fria, que está encerrada desde Abril de 2009 devido ao risco de colapso da cobertura e cujo final das obras estava previsto para Agosto.

Quanto às actividades já realizadas nos primeiros meses de 2010, Sá Fernandes destacou a plantação de mais de seis mil árvores e a limpeza de infestantes em Monsanto.»
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Pena é que neste ano da Biodiversidade existam tantos projectos nefastos para Monsanto. Não me canso de os repetir:Manutenção do clube de tiro,instalação de serviços no Panorâmico de Monsanto, as obras da REN , já em andamento,e quantos mais virão. Parece que o Deltatejo vai continuar em Monsanto.A manutenção do Parque continua deficiente e o automóvel a ser o Rei pois nunca mais existe coragem para regulamentar convenientemente o trânsito.
Esta noticia é muito boa e generosa para com a cidade, mas é pena que constantemente se dê com uma mão e se retire com a outra.O presidente António Costa ficou surpreso?de certeza que muitos outros responsáveis políticos também, assim como muitos lisboetas.Acredito que se o Dr. António Costa tivesse um pouco mais de noção do que é Monsanto outra política para o Parque seria tomada.Monsanto tem uma riqueza incalculável e confesso que começo a estar cansado de tanta hipocrisia.


1 comentário:

AMBEX disse...

Obrigada por este blog. Era bom fazer-se um estudo sobre o valor comercial do Monsanto. estudo esse que demonstrasse o valor inestimavel deste parque. talvez assim deixassem de o considrear como a alternativa barata para todas as construções, festivais e demais que aí querem implementar. Monsanto á dos cidadãos não é dos politicos nem das empresas nem das instituições.
BA