terça-feira, 22 de março de 2011

Monsanto terá alojamentos de ecoturismo no fim de 2012


A partir do final de 2012 vai ser possível dormir no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, em alojamentos de ecoturismo que vão nascer em casas de função, viveiros e na desocupada residência oficial do presidente da câmara.
A data foi apontada hoje pelo vereador do Ambiente e Espaços Verdes, José Sá Fernandes (independente eleito na lista do PS), durante as comemorações do Dia Mundial da Floresta, celebradas naquele que é o pulmão da capital. Segundo o autarca, prevê-se a disponibilização de um total de 45 camas e serão os vencedores do concurso público de concessão, que está a ser preparado para ser lançado em breve, a pagar os arranjos necessários.O presidente da autarquia, António Costa (PS), explicou que se chegou a ponderar várias utilizações para a residência oficial, inclusive a alienação, que afinal não é permitida pelo regime florestal.
O ecoturismo foi, assim, uma forma de "ter receitas complementares", criar uma nova forma de descobrir o parque e "recuperar património". A medida integra um pacote de medidas destinado a motivar um "upgrade" de Monsanto no período de um ano a um ano e meio. José Sá Fernandes adiantou que no primeiro trimestre de 2012 estará já instalada a nova sinalética daquele espaço verde, um investimento de 250 mil euros que irá acabar com um conjunto de placas "incompleto e desigual". Já as medidas de acalmia do tráfego custarão "um pouco mais" e vão implicar, por exemplo, a instalação de semáforos em cruzamentos, o fecho de algumas ruas e a redução das velocidades em zonas de atravessamento de pessoas.
"Há muitos sítios em Monsanto com muito tráfego e tráfego muito rápido", justificou. Este ano irá abrir, no já existente Espaço Monsanto, o Centro de Interpretação Ambiental, cofinanciado pelo Fundo Florestal Permanente no âmbito de um protocolo assinado hoje durante as comemorações. Outra infraestrutura do parque de 900 hectares vai acolher a União Budista, devendo o protocolo para essa instalação ser assinado em Abril. Também no próximo mês deverá ir a câmara e entrar em discussão pública o plano de gestão de Monsanto. Num prazo de 20 anos, prevê-se a substituição de 15400 árvores e a plantação de mais de cinco mil.

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Esperava-se(?) muito desta tão anunciada apresentação do Sr. Vereador dos Espaços verdes sobre o futuro do Parque Florestal de Monsanto. Mas quem esperava ouvir dizer que os seus principais problemas iam ter solução que se desengane. Quem esperava ouvir falar do futuro do campo de tiro, que funciona ilegalmente há mais de 3 anos e é um dos seus principais problemas , não ouviu ,embora hoje, como que por milagre  não se ouvissem tiros.Quem esperava ouvir falar dos problemas na manutenção do parque apenas ouviu mais do mesmo, que esta é muito bem feita , para continuar e que apenas alguns utilizadores , mal informados , se queixaram da última limpeza feita,esquecendo-se de dizer que foi contestada também dentro dos próprios espaços verdes.Esperemos para ver o plano em pormenor e sobretudo a forma como é executado.
Quem esperava ouvir falar da construção do novo mega-quartel de bombeiros no Panorâmico de Monsanto ,com construção civil dentro do parque ,com um aumento de trafego incrível na via que lhe dá acesso e consequente fim da ciclovia ou dos impactos negativos dessa infra-estrutura no parque, não ouviu.
Quem esperava ouvir falar de medidas concretas para acalmia de trânsito pouco ouviu,(embora depois à LUSA tivesse adiantado mais alguma coisa, que dificilmente será feita) logo com a advertência que há falta de dinheiro. Dinheiro que não parece faltar para a nova sinalética, 250 000.00 Euros(Cinquenta mil contos em sinalética?Como diria o outro "É bordada a ouro?") segundo a notícia em cima. Para quê gastar tanto dinheiro quando se poderiam envolver as associações que estão dentro do parque, as escolas e criar uma sinaletica própria muito mais barata e original?Pois, não se gastava tanto dinheiro e isso é muito pouco conveniente.
Quem esperava ouvir falar da recente grande dentada da REN, não ouviu , também não era caso para falar disso,quem esperava ouvir dizer que os grandes eventos massificantes se iriam deixar de realizar em Monsanto, também não ouviu.
Mas ouviu-se falar de turismo rural em casas de função, que deveriam ser de função, e na casa do senhor presidente, o que até pode ser uma medida interessante, lá para os finais de 2012, quando existe um excelente Parque de Campismo com bungalows,o que não faz disso uma prioridade. E de um novo templo budista, continuando a política de tudo colocar em Monsanto. Já agora porque não uma nova igreja , para a igreja Católica, uma Mesquita para os Muçulmanos e uma igreja do reino de Deus nos Montes claros?Todos devem ter direito.Ah e um novo centro de interpretação, no centro  já existente, mas que agora vai ser novo.
E de remodelações de equipamentos, como a do skate parque , onde se esqueceram de falar no abandono a que foi votado durante quase 4 anos, até à degradação total e do parque da pedra, já em execução(?) segundo o Sr. Vereador, embora ninguém tenha ainda dado por nada e seja um equipamento também deliberadamente votado ao abandono pela CML nos últimos tempos.
Salvou-se o anuncio, já várias vezes feito, da intenção de ligar o parque a outras zonas da cidade.
Nada de novo, portanto, num discurso feito essencialmente para pessoas que não conhecem Monsanto, a não ser de automóvel, mas que com certeza ficaram encantadas com o que ouviram.

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