terça-feira, 6 de outubro de 2009

Breve balanço pessoal de 2 anos de governação da mais importante zona verde da cidade. O parque florestal de Monsanto.

Positivo:

1- Inicio da construção das ciclovias de ligação do parque a algumas zonas da cidade com destaque para o chamado corredor verde.

2-Tentativa de resolução do problema do Aquaparque, situação que se arrasta há anos.

3-Limpeza de plantas infestantes em algumas zonas do parque.

4-Manutenção -Arranjo de alguns caminhos, presentemente a decorrer, manutenção de zonas vedadas como os parques infantis da Serafina e Alvito ou zona da Alameda Keil do Amaral. Limpeza de infestantes em algumas zonas do parque.

5-Fim (?) do plano de urbanização da Quinta “Zé Pinto”.

Negativo:

1- Campo de tiro – Com o contrato denunciado há mais de 2 anos continua a sua actividade ilegalmente. É a principal fonte de poluição do parque. De uma incoerência incompreensível.


2- Trânsito automóvel - Um dos principais problemas do parque : excesso de velocidade, falta de medidas de acalmia de trânsito, falta de sinalização adequada, falta de passadeiras, total falta de respeito pelo código de estrada, perigo para pões e ciclistas. Rigorosamente nada foi feito.


3- REN - A facilidade com que a CML aceitou e apoiou a construção de uma sub-estação da REN , que vai ter como consequência, entre outras, o abate de 200 árvores numa área protegida como zona de protecção total. A facilidade com que tudo isto foi idealizado

4- Panorâmico de Monsanto: A projectada transferência dos quartéis de bombeiros do centro da cidade e protecção civil para este espaço com todas as consequências nefastas que irá ter sobre o parque. Um projecto megalómano que tem em vista resolver um problema imediato e a curto prazo. Mal planeado, mal estudado.


5- Manutenção – exceptuando as zonas acima referidas, na sua grande maioria a manutenção parque deixa muito a desejar. Lixo, abandono, falta de conservação e renovação. Também a limpeza da mata levanta muitas dúvidas estando esta ser feita a troco da madeira cortada. È muitas vezes incompreensível porque é que certas árvores são abatidas e dá a sensação que é necessário rentabilizar o trabalho realizado.


6- Realização de grandes eventos: Sendo uma zona protegida o parque não deve estar sujeito a realização de grandes eventos que obriguem a terraplanagens, construção de infra-estruturas, movimento de maquinas e automóvel sobre o coberto vegetal, colocação de redes e privatização mesmo que temporária do espaço. Estes eventos têm grandes impactos negativos ao nível da poluição sonora e ambiental e não se devem voltar a realizar.


7- Educação ambiental: É notório um grande retrocesso a este nível devendo esta voltar a ser uma das grandes prioridades para o parque.

8- Continuação de uma mentalidade que entende o Parque como um “banco” de terrenos com terrenos “livres” e baratos onde cabe tudo o que não cabe no centro da cidade.
È urgente definir de uma vez por todas o que se quer para o parque de modo a não permitir esta constante tentativa de tomada de medidas avulsas, abusivas e de curto prazo. É urgente a elaboração de um plano para Monsanto, actualizado, que tenha em conta as realidades actuais, que vise a sua preservação e protecção efectivas. É urgente o respeito efectivo pelo PDM.

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