terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Abates em Monsanto defendidos

In Diário de Notícias (18/12/2009)


«O chefe da Divisão de Matas da Câmara de Lisboa garantiu ontem que o abate de árvores provocado pelas obras da subestação eléctrica do Monsanto tem sido fiscalizado pela autarquia, rejeitando as críticas dos ambientalistas.

"Na zona onde os abates estavam previstos é óbvio que há clareiras, mas é impossível terem sido abatidas mais do que as 200 que estavam previstas porque isso tem sido fiscalizado", afirmou Artur Madeira. O responsável, que falava à Lusa durante uma visita ao Parque Florestal do Monsanto, realçou igualmente que algumas das árvores serão recuperadas.

A Plataforma por Monsanto alertou na quarta-feira para um agravamento da situação relativa ao corte de árvores no Monsanto e defendeu que as clareiras abertas apontam para um abate que "não se configura com uma limpeza de matas".

Isso é um disparate. A Plataforma tem toda a informação e, se tinha dúvidas, podia ter-nos contactado. O que não fez", afirmou, por seu lado, Joaquim Brioso, sublinhando que toda a operação está fundamentada em "relatórios fitopatológicos": "Algumas das árvores que estão a ser abatidas apresentavam doenças, que foram referenciadas nos pareceres do Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida, do Instituto Superior de Agronomia, e do Instituto Nacional de Recursos Biológicos."

"Noutros casos, há pinheiros que estavam completamente secos e representavam não só um perigo para quem frequenta o parque, porque podiam cair, como também acabavam por impedir o saudável desenvolvimento de outras espécies", acrescentou.»

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Pois o problema é exactamente este: a divisão de matas, ou quem a dirige. Repare-se na incongruência completa que é os serviços jurídicos da CML estarem atados de pés e mãos em dar seguimento à decisão do executivo da CML passado em avançar com uma providência cautelar contra a suspensão parcial do PDM em Monsanto, decidida pelo Governo para ampliação (construção nova é mais verdade) da subestação REN; PORQUE, há um parecer favorável da divisão de matas da própria CML sobre essa mesma suspensão. Ou seja, a excelsa divisão não se importa que as obras da nova estação REN abatam centenas de árvores, como irão abater. Patético.
Paulo Ferrero,cidadania lx

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