quarta-feira, 16 de junho de 2010


Apelo Urgente


Exmo. Sr. Presidente da Comissão Municipal de Ambiente,
Exmos. Srs. Deputados Municipais membros da Comissão Municipal de Ambiente.

Cc.
Sra. Presidente da AML
Sr. Presidente da CML
Srs. Vereadores
Exmos lideres dos grupos municipais da AML.
Comunicação social

Assunto: Festival Delta Tejo no Parque Florestal de Monsanto

Nos últimos anos tem-se vindo a realizar em Monsanto um festival de música com impactos altamente negativos para este Parque Florestal que de ano para ano se agravam.
Consideramos que as obras de preparação dos terreno e montagem de infra-estruturas que há mais de um mês têm lugar no local, ultrapassam, este ano, todas as barreiras do admissível tornando aquele terreno, parte integrante do Parque Florestal de Monsanto, protegido pelo decreto-lei nº580-A de 16/11/1938 num autêntico estaleiro de obras.

Há mais de um mês que o terreno é alvo da passagem constante e intensa de camiões que têm despejado toneladas e toneladas de terra e pedras. Da actividade constante e diária de maquinaria pesada, que efectua grandes terraplanagens, radicais alterações no relevo do local e consequente destruição dos solos e da vegetação existente com um impacto negativo enorme na vida dos animais e plantas que habitam o local e que deveriam ser protegidos.
São construídos novos caminhos, colocadas redes, tudo com um único objectivo:
Servir o festival e preparar o terreno para a construção de infra-estruturas para a realização do mesmo.

A Plataforma por Monsanto estranha este comportamento por parte de uma empresa que diz respeitar o ambiente, mas sobretudo por parte da CML a quem cabe a administração do Parque e que devia ser a primeira a dar o exemplo zelando pela sua boa manutenção e defesa e não fazer exactamente o contrário.

Num ano em que se comemora a Biodiversidade e relembrando a enorme importância do Parque Florestal neste âmbito para a cidade de Lisboa, a Plataforma por Monsanto apela à Comissão Municipal de Ambiente que obrigue a cumprir a lei que protege o Parque e que envide todos os esforços para parar de vez com mais este atentado ao parque e à sua Biodiversidade.

Apelamos também a esta comissão e à própria AML que obrigue a CML a respeitar a moção aprovada em 20 de Janeiro de 2009 que exige tolerância zero a actividades que prejudiquem o Parque.

Em anexo:
Fotografias das obras em curso.
Moção da AML, aprovada por maioria.

Muito obrigado.
A Plataforma por Monsanto
Lisboa 15 de Junho de 2010

Sem comentários: